Já pensou em acordar com o canto dos pássaros em vez da buzina do vizinho
apressado? Ou trocar o cheiro de poluição pelo aroma de café recém-colhido no seu
próprio quintal? Se você balançou a cabeça afirmativamente, saiba que não está sozinho nesse desvaneio.
Cada vez mais brasileiros da classe média estão transformando o sonho
da casa no campo em realidade – e com boas razões!
Fuga Da Selva De Pedra: Mais Do Que um Desafio
A pandemia foi aquele empurrãozinho que muita gente precisava para repensar o estilo de vida urbano.
Com o home office se tornando uma opção permanente para muitos profissionais, a pergunta que ficou no ar foi: ” Se posso trabalhar de qualquer lugar, por que não de um lugar que me faça feliz?”
E assim, o que antes parecia um luxo reservado aos mais abastados ou uma
aposentadoria distante, virou projeto de vida para famílias de classe média: ter uma
chácara, sítio ou pequena fazenda para chamar de lar.
“Vendemos nosso apartamento de 70m² na capital e compramos uma chácara de
5.000m² a 100km da cidade. A prestação é praticamente a mesma, mas a qualidade de
vida não tem comparação”, conta João Pereira, analista de sistemas que agora trabalha
remotamente de sua varanda com vista para um pomar de jabuticabeiras.
O Programa Terra da Gente: uma mãozinha do governo
Se você está pensando em seguir esse caminho, vale a pena conhecer o recém lançado Programa Terra da Gente, instituído pelo Decreto Nº 11995 de Abril de 2024. Sem aquele juridiquês complicado, o programa basicamente facilita a aquisição de imóveis rurais e promove o acesso à terra para quem sonha com a vida no campo.
Entre os benefícios estão alternativas legais para aquisição de terras, integração de
políticas públicas agrárias e até possibilidades de compra e venda com condições
especiais. É como se o governo estivesse dizendo: “Ei, também achamos que é uma boa deia espalhar mais gente pelo interior do País!”
Regularização: o bicho-papão que não é tão assustador
Muita gente torce o nariz para imóveis rurais por medo da famosa burocracia brasileira.
“Vai dar trabalho”, “é complicado”, “tem que ter reserva legal”… Calma lá! A
regularização de propriedades rurais ficou mais simples com a Lei 13.465/17, e o STF
recentemente reforçou a validade dessa legislação.
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o georreferenciamento são procedimentos que, sim exigem atenção, mais existem profissionais especializados que podem facilitar esse processo. É como contratar um contador para fazer seu imposto de renda – você poderia fazer sozinho, mas prefere não ter dor de cabeça, certo?
Chácara produtiva: o quintal que paga as contas
Uma das grandes vantagens de ter um imóvel rural é a possibilidade de transformá-lo
em fonte de renda. E não, você não precisa virar um fazendeiro de tempo integral para
isso!
Maria e Carlos, professores que compraram um sítio em Porangaba-SP, começaram
plantando uma pequena horta orgânica para consumo próprio. Hoje, vendem cestas
semanais para 15 famílias da região e já estão expandindo para produção de geleias
artesanais.
“No começo era só para ter alimentos mais saudáveis para nossa filha. Agora, a renda
extra praticamente cobre a prestação do financiamento”, explica Maria, que dedica os
fins de semana e algumas horas durante a semana para cuidar da produção.
Tecnologia: o campo não é mais isolado
Esqueça aquela ideia de que morar no interior significa ficar desconectado do mundo.
Com a expansão da internet via satélite e outras tecnologias, hoje é possível ter uma
conexão de qualidade mesmo em áreas mais afastadas.
“Tenho reuniões online diariamente e nunca tive problemas. Minha internet aqui na roça é melhor que a de muitos colegas que moram em capitais”, brinca Pedro, que se mudou para uma chácara em Bofete-SP há dois anos.
Além disso, a energia solar tem se tornado uma opção cada vez mais acessível,
permitindo independência energética e economia a longo prazo – sem contar o prazer
de saber que sua casa está em harmonia com o meio ambiente.
O lado B: nem tudo são flores (mas tem muitas!)
Claro que a vida no campo também tem seus desafios. A distância de serviços como
hospitais e escolas pode ser um fator complicador para algumas famílias. A manutenção de uma propriedade maior exige tempo e disposição. E sim, você provavelmente vai precisar aprender a lidar com alguns bichinhos que nunca apareceriam no seu apartamento.
Mas para muitos, esses pequenos inconvenientes são amplamente compensados pela
tranquilidade, espaço e conexão com a natureza. “Meus filhos agora sabem de onde vem o leite, conhecem o nome das árvores e têm um cachorro que pode correr à vontade,Isso não tem preço”. Afirma Luciana, que trocou São Paulo por uma chácara no interior há três anos.
Por onde começar?
Se você ficou com aquela coceirinha para explorar essa possibilidade, aqui vão algumas dicas:
1- Defina seu raio de distância ideal da cidade grande (pense no seu trabalho e
necessidades da família).
2- Pesquise regiões com boa infraestrutura de internet e estradas.
3- Visite propriedades em diferentes épocas do ano (aquele paraíso na primavera
pode ser um lamaçal na estação chuvosa).
4- Converse com moradores locais sobre a realidade da região.
Consulte um especialista em imóveis rurais para entender as questões legais
específicas.
5- E lembre-se: você não precisa necessariamente se mudar de vez. Muitas famílias
começam usando o imóvel rural nos fins de semana e feriados, e só depois fazem a
transição completa.
O importante é dar o primeiro passo em direção a esse sonho que, como vimos, está
mais acessível do que nunca para a classe média brasileira. Afinal, quem disse que
precisamos esperar a aposentadoria para viver mais perto da natureza?
Na V2F Imóveis, estamos prontos para ajudar você a encontrar o imóvel rural ideal para
sua família. Entre em contato conosco e vamos conversar sobre como transformar esse sonho em Realidade!
Fontes: – Decreto Nº 11995 de 15/04/2024 – Programa Terra da Gente (Presidência da
República) – Lei 13.465/17 de Regularização Fundiária (Planalto) – “Mercado imobiliário:
vale a pena investir em propriedades rurais?” (Veja, dezembro/2024) – “Regularização de terras: Como a decisão do STF pode te impactar” (Migalhas, janeiro/2025) –
“Regularização de Propriedades Rurais: Um Guia Essencial” (Geourbes, abril/2024)
